O paulistano Zé Ed tem 35 anos e, antes de se dedicar aos palcos, estudou três anos de musicoterapia, liderou oficinas de canto em escolas da prefeitura e se descobriu compositor logo aos 16, quando escreveu sua primeira canção.

A musica já estava presente na infância por influência do avô, que organizava rodas de viola caipira em casa. Deu os primeiros passos na música no coral da empresa onde trabalhava aos 15 anos. Lá aprendeu sobre repertório e canto com Gabriel Levy, acordeonista e regente do grupo Mawaca, que um dia o chamou para dizer que tinha talento para a música. Foi quando ingressou nas aulas de canto.

Em 2003 estreou profissionalmente na música, à convite do percussionista Pedro Peu pra assumir os vocais no grupo Batakerê, que tem como fonte de pesquisa os elementos da cultura popular brasileira, principalmente os de influências da cultura africana e indígena, onde ficou por sete anos. Cantou em bares na noite, mas ainda não apostava em material autoral. A formação da banda Canto da Alma, na mesma época, foi decisivo pra apostar na composição.

Em 2011 em sua primeira gravação, lançou o single "Ânima", produzida por Luiz Gayotto e guitarras de Estevan Sincovitz. Em 2015 lançou o single "Bonde da Vida", que está presente no novo disco.

Desde 2013 é puxador e vocalista no Tarado Ni Você, bloco do carnaval paulistano, que leva milhares de pessoas todos os anos as ruas do centro da cidade.

Mesmo quando não está envolvido com a música, está imerso no ambiente artístico coordenando o acervo de uma coleção de arte contemporânea na capital paulista.

Zé Ed bebeu muito na fonte da música brasileira. Seu primeiro vinil foi "O Sorriso do Gato de Alice", de Gal Costa, quando tinha 12 anos. Ali, abriu o leque para conhecer Caetano Veloso, Djavan, Jorge Ben. Também ouvia muita coisa que tocava em sua rádio predileta, a Musical FM. Passou a apreciar e conhecer Chico Cesar, Marisa Monte, Marina Lima, Cassia Eller, Chico Science, Legião Urbana, Titãs, Skank, Carlinhos Brown e outros.

Ainda acompanhava a extinta MTV Brasil, com os famosos videoclipes nacionais e internacionais, além do samba e rap que eram muito comuns na periferia. Sua formação musical é portanto uma mistura de vários artistas, os de raiz e os contemporâneos.

Zé Ed lançou em 2016 seu álbum de estréia, de nome homônimo, com canções autorais inéditas. O álbum foi produzido por Luiz Gayotto, que conta com as parcerias de Estevan
Sincovitz e Guilherme Kastrup. As canções são cheias de referências de quem ouviu muita música brasileira, sem deixar de estar atento às produções internacionais, como Bjork e Radiohead, nomes lembrados no processo de elaboração dos arranjos.

Zé Ed canta sobre amor e arte, superação e alegria, liberdade de escolha. Uma
produção contemporânea, músicos conhecidos na cena paulistana e canções que
abordam diferentes temas. “Tem o meu jeito de falar das coisas ao observar a
relação das pessoas entre si, com a natureza e com a música. Espero que seja bom
de ouvir pela trilha urbana, do cotidiano à festa. Que dê vontade de cantar junto”.