Nascido em 21 de Março de 1994, no bairro do Derby, em Recife, Gabriel Otávio Guedes da Silva começou a tocar ocasionalmente para uma semana de festas na Escola Pedro Celso, quando formou a primeira banda com os colegas de classe Lucas Ferreira (bateria) e Davi Souza (guitarra), durante o ensino médio, em 2010. Gabriel concordou em ser o baixista, desde que ficasse com o vocal, fato que o marcou como frontman de banda desde então. Durante os ensaios, a banda recebeu o exótico nome Jericonoise, sugerido por brincadeira pelo pai de Gabriel, que foi aceito por despretensão e divertimento do trio. As músicas tocadas pela banda iam de covers de Engenheiros do Hawai, Paralamas do Sucesso, Raul Seixas, The Beatles, Legião Urbana, RPM, entre outras bandas, a até algumas músicas autorais como ‘Tv Blues’ e ‘Sono Lento’, com sonoridade de rock de garagem e reggae. A Jericonoise tocou em festivais de carnaval e eventos de comemoração da Praça da Convenção de Beberibe até o seu fim, em 2012.

Com o passar dos meses, Gabriel aprimorou sua habilidade de composição, passando a lotar cadernos com letras para novas músicas e começa a ouvir mais bandas com sonoridades new wave, punk rock, alternativo e ska, como Green Day, The Police, Blink 182, David Bowie, The Clash, Duran Duran, The Specials e The Killers. Essas bandas tiveram grande impacto na sua visão musical e influenciaram fortemente as composições. Suas músicas seriam mais enérgicas, com letras diretas, mais barulho e ritmos dançantes. Durante uma passagem de som descontraída com os amigos Elisson Cruz e Daniel Souza surge um entrosamento natural e eles discutem a possibilidade de formar uma nova banda, dessa vez com som mais agressivo e autêntico. Surge então a Conspiração Reptiliana, nome tirado dos principais assuntos de conversa e leitura entre Elisson e Gabriel: teorias da conspiração e ufologia. O trio produziu de forma independente dois álbuns demo, ‘Tv Blues’ (2013) e ‘Eu Quero Estar Lá’ (2014), ambos gravados e mixados no Engenho do Som, e o álbum oficial ‘Trópico Espacial’ (2018), este gravado e mixado no estúdio Smash Records, trazendo os hits ‘Garota Sideral’, ‘Piratas do Espaço’ e ‘Redes Sociais’, além de contar com um clipe da música ‘Garota Sideral’, lançada no youtube em 2016.


Durante uma breve pausa da Conspiração Reptiliana no início de 2017, Gabriel reuniu algumas composições que abrangiam um aspecto mais recifense de sua musicalidade e decidiu lança-las na forma de um projeto solo sob o alter ego de Gabriel Galilei. Gravadas também no estúdio independente Smash Records, esse novo aspecto de suas músicas são um misto de rock recifense, que incluem brega, pop e alternativo, transitando pelos ritmos caribenhos como cumbia e guaracha, tudo isso com uma sonoridade explicitamente retrô dos anos 80, que é a grande influência das composições de Gabriel, porém aqui muito mais direto e conceitual. O projeto paralelo agrega ainda outras mídias, como a estética do marketing e das capas dos singles que são referência direta a toda cultura pop dos games e bandas antigas e a web série Compiladão de Ensaio, um registro de ensaio de um artista à margem do sucesso, tudo sendo produzido pelo Fertilizantes à Venda, que funciona como selo independente/produtora/aglomerado/universo compartilhado das ideias de Gabriel. A banda de acompanhamento é a Última Banda do Mundo, formada por Williamis ‘Wii’ Cesar, antigo guitarrista da banda de horror punk Invasores de Tumba, o exímio multi-instrumentista Tonho Guedes na bateria e Bruno Arruda no contrabaixo. Além dos vocais, Gabriel agora assume o teclado. O álbum de estreia está previsto para meados de 2018/2019.