A Thorazines tem dezenas e dezenas de influências, mas apenas um compromisso: enfiar ouvido adentro, um rock que pode ser denominado de “pesado”. A idéia básica é manter a boa tradição gaúcha e, além disso, ajudar e impedir que bobagens, ou seja, estilos de qualidade indefinida, penetrem no Pampa.

Thorazines é um pouco de Ramones, tem uma pitada de Tequila Baby, umas bagacerices ao estilo Raimundos e frases desaforadas como...“eu vou comer a filha do pastor....”.

Duvido que a música toque num canal do bispo Edir Macedo, até porque ele pode imaginar que a filha é dele, mas...

A Thorazines, na verdade, está buscando o seu espaço sem pedir “com licença”. O que é bom, pois às vezes essas formalidades exageradas acabam fodendo com a necessária liberdade de expressão que uma banda de rock deve ter.

A Thorazines tem Daniel, com sua voz rouca no vocal, Maninho, quebrando tudo na bateria, Rafael, detonando a sujeira na guitarra – e também vocal – e Dênis Schossler, o irreverente, no baixo.

por Nico Noronha