Superphones

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EstiloIndie
Cidade/EstadoPorto Alegre / RS
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Superphones
por André Takeda
Veja só que ironia: insistimos tanto na busca de salvadores para o rock que ignoramos as nossas próprias vidas. Deixamos o trabalho consumir com o que resta de nossa sanidade. Esquecemos de sorrir para as pequenas felicidades. Mergulhamos em vícios materiais e sentimentais. Cometemos os mesmos erros porque somos egoístas demais para pedir desculpas outra vez. Trocamos as palavras por caracteres de computador. Salvar o rock? Por quê? Para quê? De que adianta idolatrar o último hype de Nova Iorque, Londres, Glasgow ou Detroit se, no final das contas, os nossos corações continuam inertes?

Mas, se eu fosse você, já estaria me preparando para sair dessa inércia. Depois de uma dezena de bandas que colocaram mais energia, criatividade, ousadia e inteligência na música independente brasileira, chegou a vez da Superphones injetar a dose de emoção que estava faltando. E somente não é emoção em estado bruto porque este sexteto gaúcho sabe como ninguém lapidar canções que saltam aos ouvidos pela qualidade da produção. Cada arranjo das dez canções de Superphones parece ter sido pensando e repensado centenas de vezes. E, no entanto, preservam a espontaneidade de uma banda com um raro talento para criar melodias que funcionam como pequenos choques elétricos aos nossos corações.

Já na primeira faixa é possível perceber que não estamos diante de uma simples banda independente. Down The Drain abre apenas com a voz suave da baixista Mari Prates desaparecendo em uma muralha de guitarras, como se estivesse despencando em um precipício. A sensação que temos é que a Superphones está pegando a nossa mão e dizendo “segure firme e deixe o seu corpo cair com a gente”. E, acredite, depois de Down The Drain não há como recusar o convite. Você vai querer mais. E não irá se arrepender. Porque ainda há a delicadeza de Just Watching, o arranjo de metais explodindo em Grown Ups, a indiscutível beleza de 9th Floor, o pop perfeito de Lonely Dance e, quando você menos perceber, irá sentir uma pequena dor no lado esquerdo do peito quando Untitled #2 encerrar o CD. Nos primeiros dias, será difícil entender o que está acontecendo. Mas depois de ouvir repetidamente Superphones e captar todas as suas nuances, toda a sua poesia sobre inseguranças, amores e esperança, toda a força que reside em suas notas e versos, enfim, depois de fazer deste álbum um dos discos de sua vida, por entre lágrimas você verá a verdade: há tanto tempo alguém não falava direto com os nossos corações que até esquecemos que eles existiam. E é para isso que servem as grande bandas. Não é para salvar o rock, muito menos pessoas. Bandas como a Superphones servem para, acima de tudo, fazer com que a gente olhe para dentro da alma e descubra que, sim, ainda vale a pena acreditar nessa confusão que costumamos chamar de vida.

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