Quando se lê o título acima tem-se a impressão de que há um “I” a mais nesse nome que identifica a banda, pois, supõe-se que a inspiração tenha sido o grupo guerrilheiro maoista peruano. Dúvidas à parte, só uma coisa é certa: o Sendeiro não foi criado para ser lido, mas para ser ouvido. Deus abençoe os cegos de boa audição, pois é disso que se trata: “Play It Loud!” Críticos pouco imaginativos os chamariam de “Power Trio”, o que nesse caso soaria como uma ofensa, ou a manifestação involuntária de uma ignorância, pois até o “Police” um dia já foi assim classificado. O número de integrantes pouco interessa, mas se fossemos respeitar essa regra de três, seria mais honesto dizer que o Sendeiro possui a densidade e a consistente de um “West, Bruce & Laing” e de um “ZZ Top”. Seja Revolução Pangaré, American Drime, Solução ou Batatinha quando nasce, apesar das letras instigantes e provocativas, o Sendeiro é uma banda para ser cantada em qualquer idioma. São um legítimo grupo de rock and roll, de imensa personalidade, que não depende de pirotecnias visuais e recursos gráficos-eletrônicos que costumam disfarçar a mediocridade das bandas que fazem uso deles. O Sendeiro é muito mais do que um rostinho bonito. Ou muito menos. Depende da maneira de como você olhe para eles. Mas como já foi dito anteriormente, o Sendeiro não é para ser visto. É para ser ouvido. E alto.


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