Razumíkin

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Cidade/EstadoSão Paulo / SP
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O processo de se tornar adulto

Composição: Jonathan Betoret Souza.
Não reconheço a figura quando vejo as minhas fotos Cara, como a gente muda desde os dedos até os olhos Da cara, da alma, espírito e essência Hoje eu vejo que perdi toda aquela inocência Cadê o moleque que ria de tudo? Calaram o rapaz. Ele se tornou mudo O difícil é saber quem que calou Mulheres, dinheiro, o ódio ou amor Pra que necessidade das pessoas enganarem Te julgam como números, não importa o quanto vale IMC só funciona se for Barbie Plástico vezes altura, silicone vezes base Homem tem que ter músculo e barba na cara Pra ficar comerciável em todas balada Prefiro agradar o meu paladar, do que comer Batata doce só para peidar Pelo menos tenho um disco composto no busão Quero dizer, não tenho carro, então pego a contramão Do que era pra ser rápido, pensado no povão Muito tempo perdido, fora a lotação Não reconheço minha voz quando tô no telefone Canetinha vermelha some no celofane Se liga, olha a blitz, tá ouvindo o megafone? Te enganei, playboy, passa esse Iphone O sono ajunta com a vontade de dormir Só fico acordado para conseguir sair Eu sei que tenho medo de mudar e prosseguir Mas para crescer o novo, o velho tem que cair Não reconheço minhas pernas quando tento correr Lançamento não alcanço, parece que vou morrer Coração palpita tanto, até mais do que amor É apenas um ataque, nunca senti tanta dor Não me reconheço mais quando digo o que sinto Eu me lembro, eu te amo parecia algo lindo Agora é uma palavra que não faz parte do livro É tão automático, parece que foi lido Não reconheço o que é rap, sertanejo, rock ou indie Mas me identifico porque sei que alguém me disse Como era louca aquela banda do Kurt Cobain Mas se Nirvana é 10, S.O.A.D é nota 100 Não reconheço mais sabores, o que é doce ou salgado Tipo diamante negro ou chocolate meio amargo Com tempero de fumaça, tudo tem gosto de pedra Fumo passivamente, não tem jeito, é a selva O sono ajunta com a vontade de dormir Só fico acordado para conseguir sair Eu sei que tenho medo de mudar e prosseguir Mas para crescer o novo, o velho tem que cair Já não tenho opinião sobre o que é colorido Os óculos não funcionam, tô ficando deprimido É melhor ver borrado e ao mesmo tempo tudo limpo Do que nítido e falso, embaçado pelo vidro O ouvido já não ouve ou escuta até demais O agudo passa longe, não decifra os sinais É por isso que os graves, pra mim são sensacionais Já tá no loop o disco dos Racionais O sono ajunta com a vontade de dormir Só fico acordado para conseguir sair Eu sei que tenho medo de mudar e prosseguir Mas para crescer o novo, o velho tem que cair

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