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QI

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Cidade/EstadoRecanto das Emas / DF
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Jardim De Pólvora Part. Gibe

Composição: QI.
Quadrilha Intelectual Jardim de Pólvora REFRÃO: Me diz como colher o amor Se a semente é dor No jardim tem que sobreviver Nascer, sofrer, morrer Noite escura antes do amanhecer Força ao escurecer Vitória quando o sol nascer Coragem para florescer No Jardim de pólvora cercado pelo sofrimento Onde a planta inocente é regada com veneno Igualdade nunca existiu, ou erraram lá em Gênesis Acreditar em paz? Nem com mito da fênix Tristeza no final, anestesia social Onde a plantação é coletiva e a colheita individual Aos 25 funeral, aos 60 carrinho de mão Aceita ou recusa o oitão, morre no crime ou cata papelão Sem curso de capacitação, mensurei o valor do sangue Só existe uma lei, reciprocidade ou efeito bumerangue Quem são minhas munições e meus colete pra me defender Sei que a noite é mais escura antes do amanhecer E no riscar da pólvora, só quem é vai me entender Sou testemunha ocular dos que morreram sem viver Quando me lembro da infância, vejo que virei um monstro Olhar pro passado é busca vida em meio aos escombros Sabadão, a milhão, com meu pai no fliperama A mãe embalando sexta básica pro leite da semana É uns bagulho aí, que não supero nem com a porra Ela me mostrando as queimaduras do ferro de passar roupa A quem diz que ausência de lágrima é sinônimo de força A blindagem só racha por dentro não é atoa Última reunião de família, sem poder sorrir Eu, minha mãe e meu pai morto na U.T.I. REFRÃO: Me diz como colher o amor Se a semente é dor No jardim tem que sobreviver Nascer, sofrer, morrer Noite escura antes do amanhecer Força ao escurecer Vitória quando o sol nascer Coragem para florescer A intenção não é medir sofrimento, NUNCA! Sei que meu pai não foi o único assassinado pela UPA É só a saudade que pesa mais que a trajetória Quando os bumbo, as caixa e o palco de nada vale nessas hora Vitória? Quanto mais entendo me afasto do amor Morto pelas inversão de valor O boy dos direitos humanos chorando nossa dor E nós sorridente a queima roupa descarrega o tambor Igual Esparta! Lutar não é a única semelhança Quem não tem corpo perfeito vai ser jogado da montanha E os parceiro que paga de gladiador Não é a aparência que vai te fazer um vencedor Nem o escudo mais forte e armadura da sabedoria Evita a dor da morte, de alguém que leva parte da sua vida Um pai ausente, um irmão, um bebe recém nascido O difícil é assumir que um dia vão ser esquecido “Cê” tá louco? Quem se foi sempre vai ser lembrado Firmeza! Só que a dor se vai conforme o calendário No silêncio da saudade, arrependimento é guilhotina Não falou o que queria antes da vida mostrar o coringa Solidão em pensamento é a única certeza Você vai tá sozinho quando for tempo de tristeza O que é pior? Um desconhecido que não tem que te entender? Ou não ter compreensão de quem ta perto de você? “Aqui, um incompreendido que não compreende a roleta russa chamada “vida”, lapidado com sentimentos e trajetória... ... Aí Mãe, sua história, marcada pelo suor, pelas lágrimas e pelo sangue, se materializou em um sentimento de luta que eu nunca vou deixar morrer, e a tua força é minha maior herança, deixada em vida, que renasce a cada dia quando olho nos teus olhos. Kalango, o “resistir a ação do tempo”, não contempla a irmandade, diante dos barato que nunca seduziu nem corromperam a postura, e nos incontáveis campos de batalha, se não for nós, nunca vai ser eu. E Pai, perdão! Teu neto vai carregar teu nome, minhas flores em memória pra você foi um microfone. REFRÃO: Me diz como colher o amor Se a semente é dor No jardim tem que sobreviver Nascer, sofrer, morrer Noite escura antes do amanhecer Força ao escurecer Vitória quando o sol nascer Coragem para florescer

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