OXENTE CONSPIRACY
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O tema violência, ontem como hoje, numa sociedade tão acintosamente desigualitária e injusta, gera polêmica. Se não, como explicar tanto cientista social e tantos políticos e jornalistas “tentando glorificar as ações de brutalidade explícita”, com a exposição de corpos de “bandidos eliminados pela lei, choque de ordem” etc., num país onde a Constituição Federal não institui a pena de morte? Quantos “trabalhadores cidadãos” (uso a expressão apenas porque são moradores de “cidades”) são assassinados ou vilipendiados nessas “campanhas”, em muito semelhantes à “Campanha de Canudos”? Por trás de grupos de facínoras armados matando e vendendo droga, estão as “corporações empresariais e partidárias” que vivem do sangue de quem trabalha. No tempo de Lampião, era a mesma coisa. Ele era a encarnação, a realidade dantesca e grotescamente ornamentada da violência institucionalizada de um “país rural”, como hoje as máscaras, roupas de malha, disfarces mil e “representações” múltiplas dos bandidos são a realidade materialmente vivida pelas vítimas, ou vendida como ficção nos enlatados de TV. Eles encarnam a violência indescritível do mundo neoliberal, com donos de fábricas de armas vendendo a governos genocidas, o extermínio de povos, para que os “empresários” e as “corporações” desfrutem dos recursos naturais de qualquer país, submetendo seu povo a condições de miserabilidade reeditadas das primeiras formas de colonização. A tecnologia da destruição humana é o maior cabedal da civilização do século XXI, como o extermínio
SINAIS - Revista Eletrônica. Ciências Sociais. Vitória: CCHN, UFES, Edição n.08, v.1, Dezembro. 2010. pp. 276-289.
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pelo cangaço se realizava com as “armas mais modernas do Brasil”, repassadas para Lampião, a preços de “monopólio comercial”, por seus protetores – grandes industriais, juízes, desembargadores, autoridades policiais, governadores e grandes fazendeiros e comerciantes. Os cineastas usam a liberdade de criação ficcional, enquanto os que desfrutam de fortunas herdadas de protetores de cangaceiro – Leia-se Indústria do cangaço – escondem a origem suja de sua riqueza.
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