História de uma banda

(baseada em fatos reais)


Era uma vez dois amigos tocadores de viola elétrica que, primos por coincidência, decidiram montar um grupo musical. Desses que costumam tomar o chá das cinco com bolachas. Isso aconteceu nos idos de 2005, num bairro distante de um país próximo. Entre jacarés, algumas canções passaram a existir, mas tocando como dupla de dois não daria pé. Recrutaram um músico erudito, formado nas escolas de açaí, para tocar o piano, e construíram em sua precária garagem um humanóide eletrônico, assim meio caolho mas muito vaidoso com seu boné, para pilotar as batidas. Como todos possuem estatura média, permaneceram sem nenhum baixo.

Viveram felizes, mas não por muito tempo. Logo o estrelismo do baterista cibernético tornou-se por demais inconveniente e seu consumo de energia aumentou em demasia. Determinados a colocar um ponto final nesta situação, passaram a percorrer a orla atrás de garrafas. Sim, aquelas garrafas que contém bilhetes e cartas, cruzam os mares e oceanos deste planeta e por ventura causam dores localizadas em quem as chutam por acidente. Quando já cansados de tanta busca, eis que um dia tropeçam numa garrafa oriunda de vastos campos, contendo um convite agradável, mas nada obsceno. Sendo assim, nossos heróis marcaram um encontro numa pequena taverna na terra dos jacarés. Depois de muita saliva lançada ao vento, o forasteiro do tambor aceita a tarefa de substituir o ciborgue percussionista.

Muitas luas depois, um desenho animado materializou-se bem diante de nossos heróis em forma de baixista, possuindo poderes graves!

Finalmente, para encurtar esta enfadonha fábula, vamos convencionar que deste imbróglio foi gerada a banda ORTIS, grupo proletário que produz uma infinidade de sons, sendo alguns musicais.