Sou um objeto desprendido É como se eu fosse externo A tudo que está em volta de mim Das garotas, das paredes Vejo três amigas que conversam E sinto a integração que me falta Estou fora, estou vazio Estou farto de todas as regras Que me impuseram se estou Vendo um obstáculo Se tenho um desafio à frente Estou abaixando a cabeça E chorando por uma derrota Que ainda não aconteceu E por mais que eu acredite A vida e os números dizem Que os mais preparados São os que mais sofreram E eu que não via sofrimento Sinto a angústia de quem julguei Quero tentar, vou correr Desistir, parar Lutei sozinho e perdi Cresci numa ilusão Que o momento não é aqui E que tudo é fascinação Mas é mentira, pois vi Como vejo tudo mudar Se hoje sou um ponto negro Amanhã vou clarear Quero vida, quero mais Quero tudo, quero paz Quero uma razão pra não Poder olhar e me matar Quando tudo se for Quando chegar a hora E só as lágrimas perguntarem Percebes que venceu? Talvez eu sorria, e diga consegui Talvez eu aprenda, talvez eu entenda Que não posso conseguir se não tentar Me resta optar Desistir ou lutar Desistir ou lutar Desistir ou lutar Desistir ou lutar Desistir ou lutar Me resta optar