Oficina do Diabo

Oficina do Diabo

EstiloHardcore
Cidade/EstadoBelo Horizonte / MG
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Afrobrasileiro

Composição: Felipe Augusto/Daniel Alves, Wesley Cançado, Felipe Augusto.
É o caralho esse papo de afro-brasileiro Pela cor da pele, sujeito ao preconceito Dissimulado que ataca, toda a minha gente Muito orgulho tenho dos meus ascendentes Você não vai me enganar, sei da minha origem Corta o afro da palavra, que o erro se corrige Proposital e aos poucos, fazendo acreditar Que essa terra que o firma não é o seu lar O invasor então tratado como descobridor O nativo é o selvagem a quem se exterminou Vendido o escravo, chances, nunca pode falar Sua história sem registro, ninguém quis a contar O conceito, um engano, produto colonial Banalidades impostas por classe social A língua é o chicote do corpo a certeza Sua palavra irá se tornar sua fraqueza Usou e abusou, pisou e foi pra valer Mas a vingança hoje em dia é dada com prazer Pra você será servido um prato gelado Num dia de inverno, o seu futuro é trágico Vejo quebrar o Palio que vem lá da esquina Velocidade já me indica bem qual é a fita Em posse vai descendo, neguinho encosta aí Cartilha aberta no capítulo perfil tupiniquim Seus termos forjados amplamente divulgados No colonialismo ainda são usados Lá também seus preconceitos foram criados Cabelo, nariz, a pele inferiorizados Minha face te incomoda a ponto de que Necessário foi um padrão de beleza ter Os finos traços do seu rosto, a sua pele branca Regra na sociedade, peso na balança Miscigenação ocultada pela história Clamam sumidade em toda sua glória Quem tem raça é cachorro se não sabe você Raça pura, perfeita, tá falando de que Pensadores em serviço, ocultar a verdade Famigerado, sofista, pura vaidade Seu livro didático tentou e não conseguiu Sua televisão também não me induziu A ter vergonha do que eu nasci para ser Sua revista de moda não vai me convencer A zoar meu corpo todo, seguir sua opinião Destruir os seus conceitos, é a minha intenção Negro, índio, selvagem, pagão Tenta me enganar com seu bom senso cristão Subdesenvolvido, ignorante, terceiro mundo Sua política não garante meu futuro E ainda ousado quer definir o que sou O que devo ter e pra onde eu vou Filho dessa mãe pátria, não um bastardo A parada é o seguinte, afro-brasileiro é o caralho Escravizados, não escravos Em África, retirado do seio Direto ao seu leito de morte Não iremos nos esquecer Jamais iremos nos esquecer Brasileiros Afrobrasileiro é o caralho Afrobrasileiro é o caralho

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