Natal Lima

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EstiloSertanejo
Cidade/EstadoCapão Bonito / SP
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Nasci em 16 de novembro de 1967, no município de Cambará no estado do Paraná, filho de um casal de lavradores (Seu Natal e Dona Benedita), tive uma infância humilde, sem o conforto de bens materiais, mas muito feliz, pois nunca meus pais deixaram me faltar amor e pão. Lembro-me bem que nas épocas difíceis, minha mãe, às vezes, não tinha arroz e feijão para por em nossa mesa, mas sabia aproveitar os dons que Deus a concedeu e ela fazia uma bela e suculenta sopa de abóbora, ou seja, fome eu nunca passei! Meu pai, muitas vezes não tinha dinheiro e não podia nos dar grandes presentes, vez ou outra, nem uma bala podia comprar, mas fazia o melhor que podia, e quando eu tinha meus cinco anos de idade, ficava brincando no caminho e na porteira ansioso a espera do meu pai, pois quando ele vinha da cidade, talvez trouxesse mortadela, era muito gostoso! E quando minha mãe comprava doce do ?frangueiro?, era muito bom, dizem que a gente dá mais valor ao que é raro e por isso estas coisas eram tão boas a ponto de marcar minha vida!

Minha infância foi cheia de aventura e eu e meus amigos, Luiz Carlos (o Carlo) e o Edivaldo (O Valdo) fazíamos muitas estripulias, aventuras, arapucas, em fim, brincávamos e brigávamos o tempo todo, mas não nos largávamos, sabe aquela sensação que temos de vez em quando, porque crescemos e perdemos a inocência e paramos de enxergar a magia do que é viver...

Minha infância neste lugar, foi até oito anos e depois fui morar numa fazenda graças a ajuda do Tio Mário e da Tia Zica. Lembro-me bem do dia da mudança, tive pela primeira vez a sensação de chorar por algo que estava perdendo... Na verdade, não era tão longe assim, mas ao ver minha mãe chorando e a minha casinha vazia e o caminhão com nossas coisas, foi uma cena triste, ou seja, era um fim e um medo do novo começo... Voltei algumas vezes neste lugar e entrei na nossa casinha que já não existe e achei um santinho, São Sebastião, que havia ficado para trás, mas nunca mais foi a mesma coisa!

Na fazenda encontrei um monte de moleques, aí vocês já sabem, a gente se dá bem com alguns e briga com outros e foi uma aventura e tanto, principalmente quando a gente se reunia e ia pegar fruta escondido no pomar, imaginem, uns 15 moleques, incluindo-se aqui o filho do Administrador (Carlinhos meu primo) e o filho do caseiro que tomava conta do pomar... Tinha também uma menina chamada Regina que eu gostava muito, brincava sempre com ela, e um dia tudo muda, com 10 anos mudei para outra fazenda, desta vez já não sofri tanto, pois meu pai foi administrar uma fazenda, uma virada e tanto na vida do meu pai.

Nesta outra fazenda tive um monte de novos amigos, mas não posso deixar de falar de quatro amigos que tive e considero até hoje, apesar de alguns deles há anos que não os vejo: 1) Fernando - foi graças a este carinha aí que fiz a primeira comunhão, a gente mais brigava do que se dava bem, mas foi com este camarada que descobri pela primeira vez o sentido da palavra perdão, depois de ficarmos de mal, a gente foi fazer a primeira comunhão e ele me pediu desculpas e foi uma coisa bacana, pois descobri que mágoas não levam a lugar algum e em fim, este amigo me deu uma grande lição de vida; 2) Wagner (o Traquina), este camaradinha aí, foi sem dúvidas um dos melhores amigos que tive em toda a minha vida, sabe aquela história de onde um estava o outro estava, éramos nós dois, nunca brigamos e fizemos a primeira comunhão juntos, eu, o Traquina e o Fernando, imaginem, nós três gostávamos da mesma menina, na verdade, acho que só íamos à igreja por causa desta garota; 3) O Fonseca, com este ainda mantenho contato, o cara é muito gente boa, um irmão e quando éramos moleques vivíamos um na casa do outro, este cara aqui já foi meu amigo no tempo da adolescência e chegou depois que o Fernando foi embora, a gente sempre tinha um trio de amigos, antes era eu, o Fernando e o Traquina, depois saiu o Fernando e entrou o Fonseca... Pelo menos tinha diminuído a concorrência não é! Afinal o Fonseca não gostava da mesma garota que agente.

O tempo passa e a gente cresce e eu por ser um pouco mais velho e já com uma conduta diferente, tive outro amigo, o Doca, que era irmão do Traquina, este cara é muito gente boa e estudávamos na mesma sala, éramos amigos de nota D, quando tirávamos um C, era muita alegria... Já até fiz prova pra este camarada...

Finalizando minha infância, tive muitos amigos além destes quatro, e precisaria de um grande livro pra expor tudo o que me lembro!


Minha vida profissional:


Após esta fase de morar nas fazendas e sítios de Cambará - PR, fui morar em Salto Grande onde concluí o 2º Grau, trabalhei numa empresa da região e depois fui embora para São Paulo com o objetivo de estudar.

Graças ao bom Deus, eu consegui me formar em Ciências Econômicas e Ciências Contábeis, pois no decorrer destes anos, meus pais faleceram e eu tinha que me virar pra ganhar o meu sustento; trabalhei em boas empresas e se consegui crescer profissionalmente devo agradecer a duas pessoas, Jair Afonso de Salto Grande que me ajudou a conseguir meu primeiro emprego registrado e ao Sr. Rui que abriu as portas da Grande São Paulo.


A música na minha Vida:

Desde criança, meus pais cantarolavam para mim e meus irmãos, ou seja, a música faz parte da minha vida, acredito que antes mesmo que respirasse pela primeira vez, quando chovia, meu pai ficava contando estórias e cantando aquelas músicas antigas (Cabocla Tereza, Nascimento de Jesus, Boiadeiro de Palavra, etc.) e minha mãe, Hinos de igreja (Maria de Nazaré, Mãezinha do Céu) e outras sertanejas (Índia, Colcha de Retalhos, etc.). Como podem ver, desde cedo aprendi a gostar de música, e quando tinha meus 13 anos de idade, sendo fã do meu avô Silvestre que tocava um pouco de violão e do Tio Francisco que tocava violão e improvisava versos, além de cantar com meu pai, comecei a fazer versos para as garotas da minha escola, versos e poesias para as datas importantes e para aquela garota lá do começo, e então pensei, se eu aprender a tocar violão, certamente faço músicas, pois músicas nada mais são do que poesias cantadas e não deu outra, dali um tempo comprei um violão do Hamilton e aprendi a fazer uns acordes com os peões da fazenda, então comecei a compor sem compromisso.

Mais tarde em São Paulo conheci um cara muito gente boa que considero como se fosse um irmão até hoje, e decidimos gravar um disco, este camarada é o Ivan que atualmente usa o nome artístico de Germano, mas a nossa dupla se chamava João Marks e Rodrigo onde, eu era o João Marks (segunda voz) e o Ivan era o Rodrigo (primeira voz)... Gravamos um CD com músicas nossas, mas a dupla não deu certo e seguimos nossos caminhos, mas a nossa amizade é grande até hoje e se ele conseguir o sucesso que sonha, ficarei muito feliz, afinal, somos ambos lutadores.

Depois, gravei um CD solo, mas tive muitos problemas com o pessoal do estúdio e abandonei o projeto.

Finalmente gravei um ótimo CD com a ajuda de um grande profissional (Jorge Tarasiuk), o trabalho ficou muito bom e é este que tenho divulgado, ficou excelente o resultado final, podem conferir.

Por último, gravei com a ajuda de outro profissional muito talentoso (Marcio Costa) um CD com músicas religiosas em homenagem a uma pessoa muito especial que conheci: Anne Karine, uma menina que nasceu neste mundo, foi uma princesa e agora é um lindo Anjo. Para este CD, não tenho interesse comercial, apenas divulgar o quanto linda é Anne Karine e o quanto iluminada tem sido, a ponto de inspirar um poeta... Às vezes, digo que quando Anne Karine foi chamada por Deus, eu ganhei um Anjo no céu e ela ganhou um poeta aqui a terra, e espero um dia poder viver próximo a ela lá no Céu, afinal este amor fraternal que sinto por ela, nasceu após sua partida e jamais me esquecerei dela, em fim, ela viverá eternamente em mim, hoje no meu coração, amanhã na minha alma!

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