Movimento Vértice Carioca
EstiloR&B
Cidade/EstadoRio de Janeiro / RJ
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Fã-clubeMarcio Mex e outros 8 fãs
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Release

Movimento Vértice Carioca
Fato Consumado

Rafael, Leandro e Luiz. Três caras do subúrbio que resolveram montar uma banda, fazer um som, ponto. A história, igual a milhares de tantas outras poderia acabar aqui. Uma banda, meia dúzia de shows para os amigos, o fim, uma boa lembrança. Mas não. O groove, o soul, o samba e todas as magias negras do bem já haviam contaminado os três irrequietos músicos e não havia nada a fazer senão seguir em frente pelas quebradas musicais da vida, e eles foram.

A reunião aconteceu em 2001. Os três egressos de bandas de expressão da Zona Oeste do Rio. Rafael Esteves (guitarra e voz) trouxe algumas composições, Leandro Cysne (bateria) e Luiz Castilho (baixo) compraram a idéia, e os ensaios, as primeiras gravações em um home estúdio começaram, à vera, na moral. Compondo, tocando, gravando. Assim começa a nascer a personalidade, a identidade da banda; miscigenada, black, um meeting pot, entre James Brown e Djavan, entre Jamiroquai e Bebeto, uma ponte sônica entre os subúrbios negros norte americanos e a Zona Oeste do Rio de Janeiro, Brasil. Faixas como Bangu 40° e A Carioca só confirmam esse DNA musical. Som ensolarado, pulsante, de bem com a vida, letras simples que falam o que devem falar, periferia em movimento, ondas sonoras de carioquice explícita.

Chamar o grupo Movimento Vértice Carioca de promessa é não reconhecer seu potencial, nem suas realizações. Afinal, mesmo com algumas poucas músicas gravadas a banda já atraía a atenção de músicos como Arthur Maia, incontestavelmente maior nome brasileiro no contrabaixo. Arthur conheceu o grupo e logo propôs a gravação de um trabalho em seu estúdio Arte e Música. A empatia foi mútua e do convite nasceu um belo CD com dez faixas e participações especialíssimas. Cláudio Zoli abrilhanta a faixa Noite Carioca, o versátil guitarrista e violonista Fernando Caneca se faz presente em quatro faixas (entre elas a bacana Incansável). Carlinhos Pandeiro de Ouro, Paulinho Percussão e ninguém menos que o técnico de som norte americano Bob Nagy (um dos idealizadores do programa Pro Tools) são outros nomes que merecem destaque na criação do álbum, produzido pelo próprio Arthur Maia.

Porém, se em estúdio a banda já deu provas do seu poder de fogo sonoro é ao vivo que o Movimento Vértice Carioca mostra que veio para ficar, e ficar em grande estilo. Além de apresentações nas Lonas Culturais da Prefeitura do Rio e outros espaços alternativos, em 2005 o power trio vence com facilidade o FestSom Rio. Em 2006 se apresentam na tradicional Feira da Providência tirando, literalmente, o público do chão. 2007 marca a tão esperada finalização do seu primeiro álbum e a caminhada à procura de uma gravadora. O caminho é árduo, mas ninguém duvida que esses três rapazes do subúrbio vão chegar lá com a benção dos deuses zulus da música. Quem tiver ouvidos ouça. Quem viver verá. Amém. Saravá.


Rodrigo Fernandes
International Magazine

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