“Motel à Vista? É machista e só fala de sexo”. Esse é um comentário comum de quem não conhece a banda.

A Motel à Vista fala de sexo sim, afinal, há algo errado nisso? Se não viemos da cegonha, é natural que o sexo faça parte do cotidiano humano. E ele é musicado pelos versos da banda.

Porém, na Motel à Vista o sexo é encarado com classe. E ela usa recursos estilísticos para isso. São exemplos eufemismos, metonímias e palavras de duplo sentido. E tudo é feito com respeito. Não há exposição escancarada. A começar pelo nome... Motel à Vista. Ninguém está dentro do motel. Mas é notável que se imagine o movimento de chegada (e "entrada", desculpe!) e, por isso, é natural que se imagine o sexo. Faz parte da "brincadeira"... Ora bolas, o sexo também é provocativo e interativo. Mas é bom lembrar que, com o motel estando à vista, também é possível fingir que o sexo não existe. Basta não ir em direção ao motel. É só acreditar na cegonha. A escolha é sua!

Como pode "tomo um pouco de vinho em taça que faz lembrar aquele delta contido" (e outros versos da banda) ser tachado como machista? Não há machismo ao contar histórias entre pessoas heterossexuais que fazem sexo ou que se amam. E vale lembrar que pessoas apaixonadas também costumam transar. Como todo mundo... (ops! Depende da minha opção sexual. Mas ter preferência por uma opção é machismo?).

Mesmo diante de pessoas cuspindo marimbondos, a banda sorri e confessa que tal ingenuidade a comove.

Com vocês, Motel à Vista! Mas, sexo, sempre à prazo... Por favor!