Marcelo Sol Posto

Marcelo Sol Posto

Cidade/EstadoSão Paulo / SP
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O Conto de Bruxa

Composição: Marcelo Sol Posto.
Não foi sequer uma única vez A vara de condão nunca funcionou Seus bosques e florestas eram tão desertos Suas palavras mágicas o vento calou Seu lago era vazio, nenhum cisne existia Suas criaturas não tinham magia Sapos jamais seriam beijados Era assim seu mundo desencantado E assim passavam-se seus dias na escuridão Ele era dessa triste fábula uma maltrapilho cão perdido num frio verão Numa cidade sem céu e sem chão Mais eis que uma dama vestida de cetim Com sapatilhas de seda e marfim Linhas de sol, colares de luar Cabelos dourados e olhos de safira Voz de sereia perdido em fantasia ele sorriu E no seu peito uma flor brotou Então num cisne ele se traduziu No deserto a areia um castelo erigiu Desencadeou-se um reino de magia Onde ele era o príncipe, ela a fada madrinha Nos seus ermos campos brotaram jardins Trompas tocavam belas melodias No seu ar perfumes tão bons de alecrim E girava o sol qual talismã no seu dia Intensa então seguia a carruagem deslumbrante Sem fazer de conta um só instante E do seu passado triste ele não lembrava mais Era nessa fábula o rei dos animais Mas sem piedade o tempo passou E a princesa o encanto perdeu Numa megera ela se transformou E no abismo da maldição desceu O pobre príncipe voltou a ser plebeu e ele chorou E a flor dentro do peito então murchou E era um triste e gelado verão O castelo de areia uma onda acabou Aquela princesa não viu renascer E jamais chegaram felizes a ser

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