Saxofonia Do sono de uma tarde cansada despertei e sem perceber Pus-me a pensar num sentido de ter um sentido a pensar e vê com o olhar Fixo meu mundo fictício, deixa pra lá segue o fluxo! Flutuo, arrisco, desperdiço água, fico a vontade em casa. Faço uns rascunhos, uns rabiscos. Eu fico feliz, aliás, eu sou feliz, Por poder ensinar o que sei e ainda assim ser um aprendiz Levem minhas malas para bem longe daqui Eu decidi que vou ficar não vou ir embora mais Não preciso de nada disso já tenho tudo E mesmo tendo tudo eu te digo: Eu ainda quero é mais! Quero poder amar muito seguindo o meu intuito Quero ter todos os sonhos de todas as crianças de todos os mundos! Quero estar ao lado dela de uma forma bem singela! Quero ter bilhões de quereres só pra realizar um querer dela! Quando de longe fica me esperando chegar Abre um sorriso discreto ao reconhecer-me pelo jeito de andar Ou tantas vezes lembrando do último momento Passa pela minha rua olhando pro meu apartamento Evitando em me chamar, pois não me vê desperdiçando talento. Às vezes escrevendo e em outras vezes me desprendendo Pois quando não estou usando meu tempo ensinando É porque estou muito ocupado me dedicando e aprendendo Vivenciando cada minuto sem saber de mim Pra saber se isso é bom ou ruim será preciso ir até o fim Sem perguntas, pois as respostas são meia-verdade, sem detalhes. Vou rimando cantando pra espantar todos os males Aproveitando cada átomo do grafite em meu papel Sendo neste instante qualquer coisa do mundo Cumprindo o meu papel o que, aliás, eu assumo e resumo. Que em tudo o que se faça tem que ter um sentimento profundo Que não se joga fora não amassa não se quebra não corrói Não enferruja não se suja não se iluda não destrói Tudo isso sendo cansativo para mim. Rouco de tanto gritar pra felicidade vim Entregue à ressaca na mordomia, Deitado na calçada morrendo de alegria. Transformando-me em um sentimento para além dos sentidos Posso imaginar a maldade um dia na mente nunca ter existido Eu apenas sigo sem me dar por isso E involuntariamente sem perceber cumpro meu compromisso E quando as coisas parecem que estão mais ou menos Mesmo se não for para vê-las, vemos. E cremos soletrando a vida buscando mudança Cicatrizando feridas, sem pensar em vingança. Encaremos de frente o medo do imperfeito Considerando que nunca deixaremos de ser do que nós somos feitos... O que tu sabe leigo da vida que nos cabe? Nem ter feito o gesto mais meigo Evitará que ela não se acabe Então, dê mais tempo que não há tempo que cure. O amor será sempre mais forte por mais que você se orgulhe! Então mergulhe na vida sem se deixar afogar E quando subir à tona que seja para poder respirar Nossas ações e gestos nos levam à experiência E vamos crescendo inocentes sem ter essa ciência Um dedo aponta a direção para seguirmos e vê E seguimos distraídos sem o perceber, sem querer. Mas isso é natural pra quem tem o entendimento De que não podemos ser divinos por todo o tempo No momento eu só tento ser quem eu penso Ou será que o que penso é o que tento no momento? Poderia ser diferente se pensasse que fosse Mas acontece de repente e amanhã seremos mais do que hoje! (2014) (Malkin) @copyright - Todos os direitos reservados