Por do sol e eu aqui, olhando esta luz sumir pra dona noite nascer Lamparina eu acendo, o mais novo vem correndo a viola me trazer E me pede pra tocar, pois já aprendeu cantar, maravilhas do sertão Solta então voz do peito e para fazer bem feito, canta junto com o irmão Ouvindo esse cantar e a viola repicar, minha amada vem também Dá pra ver no seu olhar com amor se orgulhar da família que se tem Mulher de beleza e raça não esconde sua graça quando sorrindo me diz Que da terra amor da gente, brotou os filhos sementes, que nunca foi tão feliz Tarimba, colchão de palha, maciez que se espalha na paina do travesseiro Ensino o que aprendi sempre antes de dormir pedir a benção primeiro Casa simples bem cuidada, de parede barreada e coberta de sapê Caipira que não se acanha é aqui que a gente sonha sem nunca perder a fé Terra, serra, ribanceira, olho d’água, cachoeira que encanta nosso olhar A mão de Deus com certeza pintou toda essa beleza e deu pra gente cuidar É forte nossa raiz, brotamos até florir e daqui ninguém nos tira É a natureza da gente, cada um virou semente, uma semente caipira