Audsandro

Audsandro

EstiloPop Rock
Cidade/EstadoCampina Grande / PB
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Pois É Caro Sydney Muller Pra Quê

Composição: Audsandro 409232882.
Pra que o sonho, a dança, alegria e o cantar? Pra que a esperança, tanta fé e caridade? Pra que tanta miséria e a falta de humildade? Pra que a dor, a morte e a guerra a sangrar? Pra que o bem e o mal num carnaval sob o luar? Pra que o tiro calado no bandido vitimado? Pra que o choro da guerrilha abafado pelo Estado? Pra que o consumo do supérfluo que se faz religião? Pra que o escravo do mercado na cruz de seu cifrão? Pra que o vício da esmola, Seu Gonzaga, pra calar o desgraçado? Pra que tanta TV a entorpecer o pai cansado? Pra que tanta notícia pra tanta falta de ação? Pra que tanto trabalho se mal dá pra comprar o pão? Pra que tanto esporte, tanta novela e enlatado? Pra que se ter aumento se o lucro é tributado? Pra que chorar, Carlitos, se as morais são relativas? Pra que bancar o herói com a conta negativa? Pra que querer ser mártir, se não há mais ideal? Pra que mudar o mundo, se a ganância é sempre igual? Pra que se apaixonar, se a paixão é depressiva? Pra que há tantas leis, se a Justiça é parcial? Pra que luxo e riqueza, se o final é choro e pó? Pra que temer a morte, se viver é saber-se só? Pra que estudo e livros, se a verdade é o trivial? Pra que buscar o poder, se o mundo é jazigo do mal? Pra que a ordem e progresso, se o país não tem igualdade? Pra que Deus criou o louco, o psicopata e a maldade? Pra que sonhar outra vida, se sonhar só traz frustração? Pra que sofrer com a culpa, se ninguém lhe dá atenção? Pra que o sangue da vítima, se a Justiça é de impunidade? Pra que prazer, poder e dinheiro, esquecendo o indigente? Pra que morrer sem nome, na miséria desprezível? Pra que não respeitar, subestimar o mendigo invisível? Pra que vender mentiras, comprar sorrisos indiferentes? Pra que rebeldia, o dia vazio e o ódio latente? Pra que o mesmo tédio frio nosso de cada dia? Pra que o amor animal, trivial, tão banal na folia? Pra que nascer pra viver como escravo tão humilhado? Pra que a flor, se seu perfume traz o espinho ocultado? Pra que a fama e a fortuna se o final é agonia? Pra que o palhaço triste e a trapezista sem amor? Pra que o domador com fome e a bailarina sonhadora? Pra que o mágico sem alma e a mulher das facas morredora? Pra que o soldado desertor e médico sentindo dor? Pra que o político honesto se o caixa dois é do senador? Pra que o juiz se achar Deus, se desembargador o é de fato? Pra que a sambista ter orgulho, se seu frevo é um farrapo? Pra que jogador fazer sucesso e o cantor ser um fracasso? Pra que a noiva estar linda, se o noivo é um bagaço? Pra que a namorada ser difícil, se o príncipe é um sapo? Pois é, caro Sidney Muller, pra quê?

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