Chuvarada Chuvarada
Composição: Aloísio Chaves Tim / Luar do Conselheiro / Índia de Irecê.
O sol latente queima o pasto verde e vai rachando o barro seco o sereno do sertão
É uma fogueira queimando dentro do peito um badalar que não tem jeito no sino do coração
O urubu vem voando rasteiro a seca vai passando deixando a devastação
É uma fogueira queimando dentro peito um badalar que não tem jeito no sino do coração
Se apagando foi todo lume da luz da vela madrugada vai chegando brincando de amanhecer
Anseio tudo melhora mesmo sem fartura eu me lembro de você
Ó dona moça seu cheiro de mato cheira a ramo de aroeira de caboco rezador
Sou filho da prece de uma fé tão dividida tó cuidando da ferida que a saudade me deixou
Eu não me queixo das pedras do meu caminho nordestino tem espinho na garganta solidão
Mas o meu peito se enche de passarinho se tu volta de mansinho de volta pro meu sertão
Se apagando foi todo lume da luz da vela madrugada vai chegando brincando de amanhecer
Anseio tudo melhora mesmo sem fartura eu me lembro de você,
Você partiu pra terras bem distante no rumo dos retirantes longe da desmatação
Sorriso aberto já não tenho como antes meu cantar é um lamento aboiando a solidão
Se tu regressa a natureza se alegra tudo em volta se embeleza na catinga do sertão
Que com a chuva vem brotando ligeirinho trazendo esperança de novo pra esse chão.
Se apagando foi todo lume da luz da vela madrugada vai chegando brincando de amanhecer
Anseio tudo melhora mesmo sem fartura eu me lembro de você.